O Telefone Preto 2 (2025)

Aguardada sequência O Telefone Preto 2 aposta no sobrenatural para se estabelecer como franquia, mas cai em conservadorismo e sustos fáceis para manter o terror.

No segundo filme, enquanto Finn, de 17 anos, lida com a vida após seu cativeiro, sua irmã recebe ligações em seus sonhos do telefone preto e tem visões perturbadoras de três meninos perseguidos no acampamento de Alpine Lake.

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Bugonia (2025)

49ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo
Exibido no Festival de Veneza

Quarta parceria de Yorgos Lanthimos com Emma Stone chega ao Brasil no final de novembro, mas pode ser conferido na 49ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que acontece de 16 a 30 de outubro.

No longa, dois primos capturam e interrogam uma empresária que eles acreditam ser um invasor alienígena.

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O Último Episódio (2025)

É muito curioso como a produtora Filmes de Plástico criou uma identidade própria para seus filmes nada plásticos: um cinema quentinho, cenas filmadas em planos abertos e uma sensação de tudo ali ser muito real, mesmo quando as situações são um pouco mais elaboradas do que as de um cotidiano “comum”, como em No Coração do Mundo (2019), dirigido por Gabriel Martins e Maurílio Martins.

Em O Último Episódio, também dirigido por Maurílio, que assina o roteiro ao lado de Thiago Macêdo Correia, o começo dos anos 90 é cenário para a história de Erik (Matheus Sampaio), um garoto de 13 anos que tem uma paixão platônica por Sheila e, para se aproximar dela, diz ter em casa uma fita com o lendário “último episódio” do desenho Caverna do Dragão. Com a ajuda de seus amigos, precisa inventar uma saída para a enrascada em que se meteu, vivendo uma intensa história de amadurecimento.

Inspirado em memórias de infância, o filme reflete muito da trajetória do próprio diretor, que cresceu em Laguna, bairro de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. Algumas fotos reais e narrações nostálgicas se misturam numa viagem quase documental ao período retratado, que também se apoia em músicas da Xuxa e no arranjo musical da trilha sonora original e mais regravações feitas pela banda mineira Pato Fu.

O apelo para a animação Caverna do Dragão, imensamente popular no Brasil, se mistura ao figurino e cotidiano que ajudam a recriar a época em que a história se passa. Amarrada a isso, a forte relação de amizade entre Erik e seus fieis companheiros, Cassinho (Daniel Victor) e Cristiane (Cristão S2) (Tatiana Costa), é o que guia essa aventura. O desenvolvimento dos dois aliados acontece de forma rápida, especialmente na reta final do longa, mas o carisma da produção é tão grande que deixa todos os pontos que possam soar negativos menos relevantes.

Em uma leitura mais pessoal, tendo crescido e sido criado na região da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, não tive como não ver nos personagens secundários pessoas que estiveram presentes na minha infância e adolescência. A figura da mãe batalhadora pode ser encarada quase como exagerada, mas é uma realidade que eu não precisava ir muito longe para encontrar. Mesmo os papéis menores trazem símbolos dessas pessoas que só costumamos ver de vez em quando, mas que nos marcam para sempre, como um vendedor de uma lojinha de bairro e algum funcionário dos colégios em que estudei. Babi Amaral, aliás, no papel da diretora Simone, entrega uma das personagens que mais me fez rir nos últimos tempos. O filme ainda conta os três diretores da Filmes de Plástico, Maurílio Martins, Gabriel Martins e André Novais Oliveira em participações especiais bastante simpáticas e bem encaixadas dentro da trama.

Em uma espécie de Sessão da Tarde um pouco mais aprofundada no drama de seus personagens e relações, O Último Episódio pode chegar aos cinemas de maneira menos grandiosa do que outros títulos nacionais e até mesmo que outras produções da própria Filmes de Plástico, mas este talvez inclusive seja seu maior acerto para se encaixar em um lugar bem especial dentro de quem estiver assistindo.

Obs.: E umas locações belíssimas escolhidas para algumas cenas externas, hein!

GOAT (2025)

Produzido por Jordan Peele, GOAT (Him) chega aos cinemas brasileiros e decepciona, apesar de uma premissa que chama atenção pelo uso do futebol americano.

O longa segue um atleta promissor que é convidado a treinar com a estrela da equipe que está prestes a se aposentar.

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A Longa Marcha: Caminhe ou Morra (2025)

Francis Lawrence, diretor de Bad Romance, da Lady Gaga, Constantine, Eu Sou a Lenda e quase todos os filmes da franquia Jogos Vorazes, entrega grande produção que chama atenção em um ano repleto de adaptações de obras do Stephen King.

Em A Longa Marca: Caminha ou Morra (The Long Walk), um grupo de adolescentes participa de um concurso anual conhecido como “The Long Walk”, no qual eles devem manter uma certa velocidade de caminhada ou levar um tiro.

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A Grande Viagem da Sua Vida (2025)

O queridinho diretor Kogonada chega aos cinemas com seu novo filme estrelado por uma dupla de peso: Colin Farrell e Margot Robbie. A Grande Viagem de Sua Vida (A Big Bold Beautiful Journey), porém, entrega bem menos do que promete e me fez querer contar os minutos para o fim da sessão.

O longa se apresenta como um conto imaginativo de dois estranhos e a inacreditável jornada que os conecta, seja lá o que isso quer dizer…

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Luta de Classes (2025)

Novo filme de Spike Lee discute as diferenças de poder na posição de uma pessoa negra bem-sucedida e como a sociedade cria a fama nos dias de hoje.

Em Luta de Classes (Highest 2 Lowest) com Denzel Washington, Jeffrey Wright e A$AP Rocky, um magnata da música enfrenta um dilema moral de vida ou morte durante um sequestro. Uma reinterpretação do thriller High and Low de Kurosawa nas ruas de Nova York.

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Ladrões (2025)

Após a sessão da cabine de imprensa de Ladrões (Caught Stealing), novo filme de Darren Aronofsky, perguntei genuinamente para os colegas da crítica qual havia sido o filme anterior do diretor. Eu tinha apagado o Oscar winner A  Baleia (The Whale, 2022) da cabeça, apesar do diretor ser também o responsável por dois filmes pelos quais tenho muito carinho: Cisne Negro (Black Swan, 2010) e Mãe! (Mother!, 2017). Gosto até da direção do moralista Réquiem para um Sonho (Requiem for a Dream, 2000), mas fato é que Ladrões se distancia bastante desses quatro filmes citados, deixando a marca autoral do diretor um pouco de lado, como acontece em Noé (Noah, 2014), por exemplo.

O longa é carregado de uma atmosfera presente em filmes de sábado à noite do saudoso Supercine. E digo isso como um verdadeiro elogio. A ambientação nos anos 90, que passa por festas exageradas, crianças brincando na rua, secretária eletrônica, os primeiros celulares e trilha sonora com músicas de Madonna e Meredith Brooks, faz com que não só essa recriação chame atenção, mas também o fato de que o filme poderia, facilmente, ter sido feito nos anos 90.

O roteiro assinado por Charlie Huston, que também é autor da série de livros que inspirou o longa, nos apresenta o carismático e ex-promessa do beisebol Hank Thompson (Austin Butler), o protagonista de coração bom que, ao precisar cuidar do gato de estimação do amigo e vizinho que viajou, se envolve quase que por acidente em uma perseguição criminosa no submundo de Nova Iorque. A trama de comédia de erros diverte, mas não garante que a história já não comece a cair no esquecimento poucos dias depois do filme ser assistido.

Há certa inocência (até que bonita) na tentativa acertada de fazer o público se interessar tanto pelo protagonista vivido por Austin Butler. Ele tem uma ótima relação com a namorada Yvonne (Zoë Kravitz), trata bem o felino do vizinho que o deixou na enrascada que acompanhamos no filme e telefona recorrentemente para a mãe, para quem manda dinheiro sempre que dá e com quem tem conversas animadas sobre o campeonato de beisebol.

A quantidade excessiva de referências ao esporte tipicamente americano, aliás, pode distanciar o público de um vínculo mais forte com o filme. O próprio título original do longa faz referência a uma jogada de beisebol que se perde totalmente no nome brasileiro, que nem faz tanto sentido, uma vez que os crimes nos quais os personagens se envolvem não estão diretamente relacionados com roubo.

Apesar da trama pouco elaborada e esquecível, Ladrões ganha pontos em cenas de ação bem dirigidas e bem filmadas, com destaque para uma ótima batida de carro. E além de Butler e Kravitz, que apresentam uma excelente química e atuações respeitáveis, o restante do elenco, com nomes como Regina King, Matt Smith e o cantor Bad Bunny, dá uma dose de carisma tão alta para a produção que quase fazem com que os problemas do filme sejam esquecidos. Tá, isso é mentira, mas todo mundo tá muito bem.

Com um encerramento que abrange uma representação extremamente caricata de Tulum e a participação especial inesperada de uma atriz muito querida por gays, Aronofsky faz com que Ladrões, apesar de seus momentos divertidos, se pareça com um filme feito por encomenda e editado por ordens de estúdio. Uma condição para que ele possa fazer mais um filme polêmico e problemático depois? Sei lá. Mas essa leveza e nostalgia podem ser um respiro interessante na carreira do diretor.

Ah, e usem cinto de segurança, por favor.

Invocação do Mal 4: O Último Ritual (2025)

A promessa de que esse é o último filme da franquia Invocação do Mal não me convence. O longa aposta alto no que marcou a identidade da franquia com uma megaprodução cara e um roteiro conservador.

Em Invocação do Mal 4: O Último Ritual (The Conjuring: Last Rites), quando o casal de investigadores paranormais, Ed e Lorraine Warren se encontram presos a mais um medonho caso envolvendo criaturas misteriosas, eles se vêem na obrigação de resolverem tudo pela última vez.

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Atena (2023)

Impossível não associar a protagonista de Atena, vivida por Mel Lisboa no longa que acabou de chegar aos cinemas nacionais, à Lisbeth Salander, da série de filmes inspirada na saga literária de Stieg Larsson. No longa brasileiro dirigido por Caco Souza e escrito por Enrico Peccin, a personagem principal faz justiça com as próprias mãos, motivada por violências que sofreu no passado. Parece um exemplo básico da cartilha de como não construir personagens femininas, mas o filme não para por aí.

Escrito e dirigido por homens, o longa erra na abordagem da violência contra mulheres. Duas cenas envolvendo esse tipo de agressão são apresentadas de maneira brutal já nos primeiros 30 minutos. Logo após uma delas, vemos a protagonista em um momento reflexivo no banheiro, vestindo uma regata branca e calcinha, em um enquadramento que destoa do tom de denúncia.

Atena funciona como uma grande campanha informativa sobre violência contra a mulher. O que, em certa medida, é positivo, já que parece ser essa a intenção. Mas, em muitas outras, o filme soa apenas como um apanhado das falas mais conhecidas sobre o tema. Uma personagem relata ter acreditado que o namorado mudaria após um pedido de desculpas por uma agressão; logo depois, outro diálogo entra em uma nova pauta importante, abordando uma longa história de pedofilia. A falta de sutileza no tratamento desses temas enfraquece um roteiro que parece querer, de algum modo, dar conta da complexidade dessas experiências.

Mel Lisboa se entrega bem ao papel e alguns momentos do roteiro funcionam bem, como quando tenta marcar as violências cotidianas vividas por mulheres. Em uma cena, a protagonista finge interesse por uma academia e é assediada de alguma forma desde sua chegada até a saída. Em meio a tantos outros problemas, fico me perguntando se esse momento realmente causou intencionalmente esse incômodo.

Ao atrelar a violência grave apenas aos personagens mais abertamente perversos, o filme comete seu erro mais grave: anula o potencial de violência de outros homens, como se esse tipo de maldade estivesse distante do cotidiano, e não fosse parte de algo que atinge mulheres todos os dias.